9.10.12

[entrevista] banda convidada: BANDIDOS DA LUZ VERMELHA


Nem precisamos discorrer muito para qualificar uma banda com um nome como o deles. Uma banda com esse nome não pode ser ruim. Nitroglicerina e alta periculosidade no palco, rock alternativo sujo que vai do garagerock, passa pelo grunge e o pós-punk direto para o inferno urbano. Letras insanas à serviço desta gangue obscena que surgiu em Campinas este ano, e atendendem pelo nome de BANDIDOS DA LUZ VERMELHA, na sabatina!

CONSTRÓI  - Contem como a banda começou e sobre os integrantes.
[Pedro Caluzni] Começou quando eu encontrei meu amigo baixista Jorge Stella andando na rua, ele disse que conhecia um vocal e que estava afim de voltar a tocar (tinhamos uma banda de stooges cover antes), ai voltamos a nos encontrar, eu, Jorge Stella, Jefferson Dorta e Drump Goo.
[Jorge Stella] A banda nasceu na rua, como o Pedro disse, ja tocávamos juntos e a vontade de fazer algo autoral era mutua. O foda era arrumar um vocalista que sacasse o que queríamos transmitir, não estamos afim de mais um chaveirinho com pinta de cover boy. O intuito sempre foi a sujeira, eis que surge o Drump com letras fodidas e insanas. O nosso baterista aceitou na hora. Depois de varias conversas nos reunimos na garagem, ai as coisas começaram a acontecer...

DESTRÓI - Quais são as influências em comum?
stooges, rolling stones, queens of the stone age, mc5, desert sessions, mercenarias, birthday party, television, jay reatard, joy division, david bowie, addicts, filmes de ação, desenho animado, waldomiro migrolise, mc da boca, sbt 90, etc..
  
CONSTRÓI - Como a banda tem se virado pra fazer shows?
 [Jorge Stella] Arrumar show, por enquanto não é o problema. A zica eh arrumar um esquema bom pra gravar.

DESTRÓI - O “faça você mesmo” continua sendo o melhor remédio anti-babaquice para quem está insatisfeito com a cena alternativa local, ou os coletivos são o futuro organizado da produção alternativa?
[Jefferson Dorta] “faça você mesmo” com certeza é o melhor remédio pra quem está insatisfeito com a cena alternativa local,eu acredito que é a inciativa de todos (desde bandas,organizadores,artistas e publico) contribuir pra cena alternativa se manter forte.
[Jorge Stella] Creio que se as duas coisas caminharem costuradas a babaquice será decapitada em praça publica.

CONSTRÓI - O que vemos é uma cena alternativa enfraquecida em Campinas. Isso é devido ao “rock” não ser  “pop” atualmente (em 90’s até começo de 2000, quando tocava nas rádios), ou o quê? Qual o paradigma do rock alternativo local?
 [Drump Goo] Cena, tem. Tem muita gente fazendo coisa boa nesta cena contemporânea interessante e amorfa. O que rola de prejudicial com bandas cover é a ganância de dono de bar.
[Jorge Stella] Eu acho isso um assunto meio complicado...não só em Campinas como em outras cidades tem muita banda fazendo o possível pra fortalecer a cena da cidade e mostrar o som que ta fazendo e isso é muito bom.
[Pedro Caluzni] Acredito que os mesmos que em qualquer cidade de médio porte, que é local para mostrar o som, tocar, o que é proveniente da falta de interesse do público campineiro em geral, de conhecer coisas novas, bandas novas, sons novos, cenas novas, e ai que entra a cultura medíocre de banda cover, que ganha cada vez mais espaço nos bares (lugares que poderiam servir de local para bandas novas) de Campinas...
[Jefferson Dorta] Acho que o maior desafio é exatamente essa coisa de bandas cover que dominam os bares e locais onde bandas autorais poderiam estar mostrando o trabalho,mas não se limita só nisso esse assunto e eu não acho que isso seja uma coisa que está acontecendo exclusivamente só em Campinas. É a masturbação cultural que esta acontecendo, ninguém quer produzir o novo, criar...
[Jorge Stella] unir as bandas do meio underground pra mudar esse cenario mediocre que campinas se encontra. essa cidade tem muita gente talentosa que só precisa dum espaço pra mostrar o que faz, mas infelizmente, a maior parte do publico (que no caso, não entende de porra nenhuma do que está acontecendo) obriga as casas de show terminar a merda. Mas Campinas esta reagindo contra isso pouco a pouco. o pessoal do Evento Monstro tem feito grandes esquemas, tivemos a oportunidade de tocar em dois deles e na boa, foram os melhores shows que ja fizemos. a galera da radio antena zero estão na atividade, ate gravaram um som nosso, Fabiano Carrieiro abrindo o própio estudio pra exposições de novos artista, o Margilinália, junto a Milena (Bazar Club das Pin Ups), enfim...
[Drump Goo] é isso.
  
DESTRÓI - Gostaria que cada integrante escolhesse uma música que definisse bem seu gosto particular.
 Pedro Caluzni (guitarra)
             
Jefferson Dorta De Oliveira  (guitarra)

Jorge Stella (baixo)

Drump Goo (vocais)

CONSTRÓI - Há alguns sons para se ouvir no youtube e soundcloud, mas pra quando podemos esperar um album dos Bandidos?
EP demoníaco em breve, com festa de lançamento e tudo.     

DESTRÓI - Quais os sites com informações e músicas da banda?



2.9.12

[entrevista] banda convidada: THE US



Rescém-formada e saída do forno, a THE US de Belo Horizonte MG traz texturas, sonoridades oitentistas em  lindos vocais femininos por vezes beirando uma coldwave sinistra e o shoegaze das antigamente conhecidas como "guitar-bands".
Influenciados pelo pós-punk e as guitar 90's, eles se mostram num som limpo driblando os clichés e buscando novos barulhos que consigam tirar de seus instrumentos, que só eles saibam fazer.
Com vocês, a entrevista que Constrói & Destrói fez com Lucas Nascimento, guitarrista da banda, onde ele explica esse lance da caça aos timbres, sonoridades e sobre a cena de BH, e claro, vídeos da banda desempenhando ao vivo no estúdio, no final do post.

CONSTRÓI - Como e quando surgiram? Existe um formato ou estilo que a banda busca seguir a linha?

Lucas - A história do The Us é algo interessante. Em 2011 (Lucas Nascimento) comeceia desenvolver um projeto intitulado "Música de gaveta" com os amigos Adriano Bermudes (Ex-Sinnatras e Carol nas Nuvens), cantor e compositor, e a Ana Carol (Ex-Carol nas Nuvens), cantora. O “Música de gaveta” foi criado com o objetivo de "desengavetar" composições que estiveram por algum tempo esquecidas ou que, eventualmente, não caibam no repertório da banda que o músico integra. Foi, então, através do projeto que comecei a mostrar minhas composições, algumas muito antigas e, naturalmente, também fizemos algumas composições conjuntas. Como estávamos gostando do processo, chegamos a criar um blog e resolvemos montar uma banda. Após alguns ensaios, por motivos pessoais, o Adriano e a Ana Carol acabaram se afastando da música. Entretanto, levei em frente a proposta e minhas composições, já que estava muito empolgado. Continuei procurando por músicos que também topassem. A banda passou, então, por algumas formações que não deram certo. Uma característica que sempre busquei, foi ter uma mulher no vocal principal, já que sou aficionado por bandas que têm vocais femininos. Foi nesse meio termo que comecei a namorar com a Daysi Pacheco (atual vocalista do The Us) e a convidei para os vocais. O baterista Pablo Campos é amigo de adolescência e já havíamos tocado em várias bandas juntos: já estava na lista. O Guitarrista Fernando Prates (Ex-Carolina Diz) certa vez havia me dito que o seu sonho era ter uma banda com vocal feminino, portanto aceitou na hora o convite. Já o Humberto Teixeira foi a grande surpresa: era vocalista e guitarrista do "Carolina Diz", banda que alcançou grande expressão em BH e, posteriormente, no Brasil. Em um momento de bebedeira, o chamei para tocar baixo e ele curtiu a ideia: nunca o tinha visto tocar baixo, e fiz o convite porque possuíamos uma série de influências em comum, além de sermos muito amigos. Me surpreendi em todos os sentidos com ele.
Começamos a ensaiar em fevereiro de 2012, com algumas músicas minhas. Algumas tinham um formato totalmente acústico que, com a instrumentalização, foram ganhando vida de tal forma que todos os integrantes abraçaram de maneira muito afetuosa o projeto.

DESTRÓI - Quais são as influências?

Lucas - Somos todos viciados em música, inclusive pesquisadores. Isto nos dá uma gama muito grande de gêneros. Sendo assim, temos um campo de trabalho bem amplo, mas que possui raízes, principalmente, no Punk, Pós-Punk, Shoegaze Dream Pop e Indie. Então, ao falar da nossa linha, por mais diversificadas sejam as composições ou arranjos, sempre teremos um pé nestes estilos que, de certa forma, já flertam entre si naturalmente.

CONSTRÓI - Vocês produzem seus próprios shows? Conte um pouco como vêem a perspectiva de shows em BH e em outras cidades e festivais, para bandas com este tipo de sonoridade.

Lucas - Sim. Eu sou o produtor da banda e faço contato com as casas de shows, inscrições em festivais, cuido dos equipamentos necessários, passagens de som, etc; mas, de forma geral, todos são muito envolvidos e temos uma comunicação bem eficiente. BH é uma cidade, por vezes, difícil: há sempre oportunidades para tocar, mas ao mesmo tempo, é algo distante um artista independente galgar sustentabilidade em sua carreira. Grande parte da cena musical belorizontina é, em minha opinião, algo ainda disforme. Há muita diversidade e o que é quantitativo está bem próximo ao qualitativo. Por outro lado, isso possibilita fazer dobradinhas e parcerias com bandas de estilos diferentes e captar públicos de diferentes nichos. Fazer músicas em Inglês cria um público mais específico. No nosso caso, isso não foi uma escolha, pois temos como influência central o Rock Inglês, cuja sonoridade nos atrai bastante. Caminhamos muito para o meio alternativo e eu, principalmente,
confesso que tenho certa dificuldade na composição melódica, utilizando a língua portuguesa.
Estamos apenas organizando alguns materiais de divulgação para metermos o pé na estrada, e certamente há espaço para o nosso trabalho em festivais no Brasil a fora e temos convicção de que pelo mundo afora também.

DESTRÓI - Quais as bandas nacionais que vocês têm ouvido ultimamente?

Lucas - Costumamos ouvir muito o que há de atual no meio alternativo, nos manter sempre atualizados, sem deixar os clássico de lado, é claro! Creio que seria injustiça citar alguns artistas e deixar outros de fora, ou então faríamos uma lista ornamental. Tem muita coisa boa rolando em todos os cantos do Brasil, e me surpreendo mais a cada dia com a qualidade artística e de produção dos trabalhos.

CONSTRÓI - Quem compõe as músicas? Conte um pouco do processo de criação e produção utilizados.

Lucas - Desde o começo da banda até hoje tenho sido o compositor principal. Componho compulsivamente, mas desde o momento em que fomos ganhando mais coesão, os integrantes foram naturalmente mostrando suas composições e elas sendo agregadas ao repertório, de maneira harmônica. Além das parcerias com o Adriano Bermudes, hoje possuímos uma música que é do Humberto e uma parceria minha com ele, além de várias outras que estão na fila, sendo uma também da Daysi Pacheco. Sempre gravamos nossos ensaios, pois entre uma música e outra há, naturalmente, alguns improvisos e
experimentações, que tendem a serem transformados em músicas. Nesses casos, eu tenho criado as letras e melodias. Gostamos muito de explorar timbres, portanto, durante o arranjo das composições há sempre muita experimentação com pedais, diferentes efeitos, mesclas, camadas sonoras, etc. As conversas durante esse processo são constantes.

DESTRÓI - Qual música é o "carro-chefe", a que geralmente recomendam para primeira audição da banda?

Lucas - Ficamos impressionados com a receptividade que tivemos com a “Final Song”, como já dito, composição minha com o Adriano B. A diferente forma que ela tomou na banda nos chamou a atenção e quando soltamos o vídeo dela na internet tivemos acessos incessantes no youtube, dentro de pouco tempo. Todos os amigos compartilhando, indicando... Ao vivo também percebemos que ela chama muita atenção. Então, ela foi escolhida para ser o carro chefe, naturalmente.

CONSTRÓI - Qual um bom conselho para toda banda nova?

Lucas - Bem, o The Us é recente, mas todos os integrantes estão na música há muito tempo e posso dizer que o panorama de lá pra cá está sofrendo uma transformação, como, por exemplo, o trabalho de produção/divulgação, que hoje fica todo por conta do artista, a não ser que ele contrate (e isso inclui uma grana boa) profissionais que hoje são ramificados, ex.: Produtor musical, Produtor executivo, Assessoria de Imprensa, etc. É fato que isso é inevitável em determinada altura de uma carreira, mas no início é possível chegar a algum lugar à custa de muito trabalho. Um conselho que dou é valorizar as bandas da sua cidade, ir aos shows, fazer contatos e o principal: com a facilidade de gravar, lançar materiais e divulgar, há uma avalanche de coisas chegando todos os dias, então, a banda deve pensar no diferencial, que é a qualidade. Nunca abra mão da qualidade do seu produto! Acredito que a música, por si só, não chame mais tanta atenção, por isso, o audiovisual e produção gráfica bem feita de um material são muito importantes. 
Além disso, é claro, investir em equipamentos de qualidade e garantir profissionalismo nas apresentações.

DESTRÓI - Quais os planos daqui pra frente?

Lucas - Estamos cheio de planos. Ainda em 2012 lançaremos mais três músicas/vídeos, com formato semelhante aos já disponíveis, um clip oficial e nosso primeiro EP. Para 2013, devido ao volume de composições, estamos tramando o lançamento de dois álbuns completos ou, quem sabe, um álbum duplo. Junto a isso continuaremos buscando a ampliação do nosso público.

CONSTRÓI - Mandem seus links e contatos da banda

Lucas - Lançaremos nosso site junto com o EP,  já com as músicas disponíveis para Download. Há três vídeos em nosso canal do youtube, os links seguem abaixo, e também nossa fanpage no facebook, onde estão disponíveis fotos, agenda, release, contatos e demais informações sobre a banda.

Contato THE US
Lucas Nascimento
(31)9282-1322
bandatheus@gmail.com

Final Song

Someday

Cities

Facebook:

Mais informações: http://www.facebook.com/theus22

25.8.12

[entrevista] banda convidada: VIOLENT ATTITUDE IF NOTICED

Formada em 2008 com integrantes de Jundiaí e Amparo, com os dois pés no underground 80's, atendem pelo nome VIOLENT ATTITUDE IF NOTICED ou "V.A.I.N.".
Já lançaram três trabalhos: em 2008 um EP chamado 'V.A.I.N.', um álbum em 2009 chamado 'You Never Met My Fears', o último rescém-saído-do-forno: 'Timeline', e estão aí prontos pra te pegar de surpresa como este que vos escreve, que apenas fez uma procura no google pra conhecer esses caras que impressionam pela qualidade tanto nas suas gravações como nas suas influências.

Confira a entrevista que fiz com Will Geraldo (guitarra/vocal), onde ele conta um pouco sobre a banda:
...
Constrói - Como a banda começou e quem são os integrantes?
Will  A banda começou a partir de uma idéia antiga que era juntar amigos de várias bandas em um único projeto, onde poderíamos somar todas as diferentes influências para gerar algo novo.
A banda é: Alessandro Queler (Teclados e Samples), Cris Pierobon (Baixo), Fábio Souza (Bateria), Giulliano Pierobon (Guitarra e Vocal) e Will Geraldo (Vocal e Guitarra)
Destrói - De quem foi a idéia para o nome V.A.I.N.? Houve alguma adaptação no nome por similaridade com outras bandas?

Will Minha e do Giul. Queríamos um nome que representasse o ser humano e a banalização da violência. Daí o nome Violent Attitude If Noticed (Atitude Violenta Se Percebida). A sigla V.A.I.N. é na realidade uma forma rápida de fazer referência a banda, mas o nome oficial é Violent Attitude If Noticed, logo, a tal similaridade com outros VAINs que há por aí é um mero detalhe. 
Constrói - Quais são suas referências sonoras diretas e indiretas?

Will  Da minha parte, desde o Jazz até o Rock Progressivo passando por Grind Core e Extreme Metal. Entre os outros membros da banda temos Electro, Pós Punk, EBM, Hardcore, New Romantic ... enfim. Citando algumas bandas, gostamos de New Model Army, Tool, Killing Joke, Porcupine Tree, Opeth, Anathema, David Bowie, The Clash, Genesis, Marillion, Nick Cave and the Bad Seeds, etc  
Destrói - É notável as influências de New Model Army, TSOL e bandas do underground 80's. Como vocês processam isso em sua musica quase 20 anos depois, num tempo que o pós-punk sumiu das rádios e virou "cult"? Há uma necessidade de se reinventar?

Will  Acredito que tenha sido um processo natural de tocar o que gostaríamos de ouvir. Estamos todos nos 30+ e por mais que o título de saudosista pareça estranho, é impossível negar as influências. Não consigo ouvir a música mainstream de hoje. É muito ruim ! 
Constrói - Onde a banda tem tocado e que tipo de público o V.A.I.N. tem atingido? 

Temos tocado entre São Paulo e Jundiaí e trabalhando pra levar a banda pro interior de São Paulo e pra outros estados.
Nosso público tem sido, na maioria, pessoas que se identificam com nossa musicalidade, ou seja, pessoas acima de 25 anos que tem mais referências da década de 70 ou 80, porém, ficou claro em alguns shows que fizemos, que mesmo aqueles sem muitas referências sobre nosso estilo, gostaram daquilo que ouviram. Acho que é mais uma questão de mostrar o que sabemos fazer e tentar chegar ao maior número possível de pessoas.  
Destrói - Como é a atual cena alternativa em Jundiaí?

Will   Jundiaí sempre teve uma cena interessante e ela vem ficando cada vez mais forte graças a algumas iniciativas e dentre elas, gosto de destacar o Coletivo Garagem Aberta, que é um grupo de pessoas que dedicam um tempo considerável a divulgação dessa cena. 
É importante dizer que a banda é 60 % de Jundiaí e 40 % de Amparo. 
Constrói - Como anda a cena nacional para bandas que praticam esse tipo de sonoridade? Quais artistas em atividade vocês gostam da atual cena bazuca?

Will Amarga. Existe o público, mas o público não sabe que existe a música. O que mais ouvimos das pessoas em nossos shows é "nossa, não sabia que existiam bandas no Brasil fazendo isso". Aí, depois de ouvir isso uma meia duzia de vezes, só podemos concluir que mesmo com mídias sociaís, Internet e etc, o público ainda não sabe da existência de algumas coisas legais que acontecem por aqui.
Em termos de cena brazuca, eu ainda vivo em décadas passadas. Curti demais os anos do Punk e do Pós Punk em São Paulo e por sorte algumas bandas ainda estão por aí como Inocentes, Plebe Rude e Violeta de Outono. Das mais novas (e mesmo algumas dessas já tem mais de uma década de idade) tem o Mechanics, Walverdes, Firefriend, Violins, The Concept, ...
  
Destrói - Deixem seus contatos, sites e considerações finais.
Will Gostaria de acrescentar que estamos trabalhando na divulgação de nosso último álbum 'Timeline' e que ele pode ser encontrado em vários formatos:

Para adquirir o CD no violentattitudeifnoticed@gmail.com
A título de informação, estaremos relançando o EP e o primeiro álbum em Setembro.
 
No nosso site oficial http://www.vainattitude.org é possível saber mais sobre a banda e as próximos shows. 
Aqui, praticamente um show inteiro dos caras pra vocês tirarem suas próprias conclusões. 
Boa viagem.

13.7.12

Memórias do Rock: meu primeiro disco

Há muito tempo atrás em 1989, numa dessas buscas incessantes para fugir um pouco de casa e descobrir a cidade, eu era um moleque de 14 anos e nem podia chegar depois das 22hs em casa sob pena de levar (no mínimo) um sermão e um interrogatório do meu pai, que era polícia civil. Saía da escola e corria pra frente do Arara Aurora bar com os amigos da escola, entimava os "de maior" à comprarem uma Cuca pra tomar ali na calçada, em frente à faculdade de Filosofia. Era a transgressão máxima da época.
Meu pai ficou sócio da ACM e passei a frequentar a unidade central da YMCA e foi então que comecei a perceber que tinha muito mais coisas na vida pra descobrir (...) e numa dessas idas, um colega da aula de natação me convidou pra ir num bar pra lá de suspeito chamado Garagem, ficava na beira da Washington Luís. Na volta, peguei carona com uma galera e o som que tocava no toca-fitas me chamou a atenção:
Quando chegamos, perguntei o que era que estava tocando e o cara me falou: "De Kiulre", sacou a fita e me deu de presente. A fita continha uma coletânea de sons gravados aleatoriamente:

David Bowie - China Girl, Blue Jean e Modern love
The Cure - Close to me, The babe screams, Inbetween Days
Mecano - (??? não sei queis erram as musicas)
The Neon Judgment - Fashion Party, Kid Syleen

Na primeira oportunidade (e dinheiro) que tive, fui à uma loja de discos e comprei este que foi o primeiro album de rock da minha vida.
Engraçado e até irônico que o primeiro album de rock da minha vida, seja de uma banda que gritava "Fuck Rock'n Roll" em seus shows e o fato de "close to me" não ser o maior exemplo de uma música rock... mas é o que é.... eu apenas agradeço à essa fita k-7 que ganhei de presente.
Valeu aí aos irmãos Junior e Hugo Deffacio. Essa carona mudou minha vida!
The Head on the Door - THE CURE


Peguei carona com um cara da gang do Vzyadoq Moe... só isso, explica muita coisa :)
Curtam aí na sequência.



6.7.12

Bela Abstrata - singles 2004-2007

Essa foi uma banda sorocabana que surgiu por meados de 2004 e preencheu o silêncio dark de bandas com sonoridade 80's na cidade pelos idos de 2000. Cheios de estilo e experimentalismo, gostavam de pós-punk 80's, minimalismo e da psicodelia 60's. Hoje em dia Alexandre e João Afrãnio tocam na banda Os Pontas.
"As letras falam do cotidiano opressor a que todos somos submetidos, as alternativas que tomamos para tentar fugir dele, assuntos pessoais e temas aparentemente sem sentido algum e/ou com diversas possibilidades de interpretação... 
Com uma demo de 12 músicas gravado de maneira totalmente independente em 2005, a banda se apresentou em algumas casas noturnas, bares e festas de Sorocaba e região. 
Créditos à João Heitor, amigo e co-fundador da banda, que contribuiu em composições." (myspace)
A formação:
Alexandre - teclados/vocal/guitarra
Luis Fernando - guitarrai
João Afrãnio - baixo
Luis Mandt - bateria
João Heitor - guitarra
*Salga - baixo na segunda formacao

Criaram, experimentaram, usaram e abusaram das influências, que iam de Bauhaus à Syd Barret, passando pelo Glam-Rock e guitar-bands. 
Aí estão as gravações:


download

21.6.12

próx.sábado 23/06, o vinil vai fritar no MAVs PUB Sorocaba

Clube do Vinil comandado pelo Sandro Sonic vai fazer o que sabe de melhor no MAVS PUB: sacar as bolachas mais improváveis e dançantes de todas as épocas (especial 80's) e colocar todo mundo pra dançar à partir das 22hs!
pista:
Little Richard
The Troggs
Link Wray e Robert Gordon
Johnny Cash
George Freedman
Ike & Tina Turner
Lou Reed
T.Rex
David Bowie
The Stooges
The Cramps
Meteors
The Fall
The Smiths
The Cure
Depeche Mode
B 52's
Devo
Soft Cell
Kraftwerk
Bronski Beat
Echo & the Bunnymnen
L 7
Nirvana
Alice In Chains
Body Count
Os Replicantes
As Mercenárias
Morrissey
The Black Angels
Pink Floyd
Beck 
e mais...
MAVS PUB
rua Sarutaiá, 111 (ao lado da oficina cultural grande othelo)
no centro de Sorocaba, próximo à rodoviária.


20.6.12

A Transgressão - Um dia para o resto da sua vida[EP 2012]

Coletânea de singles lançados entre julho de 2011 e junho de 2012 na web, 320kbps. 
A Transgressão sobrevive mutante em novas formações, novas idéias e experiências. Tocar com amigos e convidados que entendem a viagem de manter um DNA pós-punk, é a melhor coisa do mundo, quando o mundo na real só está querendo um beat para a  pistinha indie e um sonzinho alegre. Música em português, se não for de tom alegre, pode agredir. Ótima idéia, três músicas em português bem claro aparecem neste EP e mais estão à caminho.
Anteriormente usava efeitos conjugados no teclado, beats programados... até que tudo evoluiu para uma banda "convencional", como mostra este registro gravado ao vivo no estúdio NosOtros em Campinas e devidamente pós-produzido no estudio RAT-Tower.
Quem sabe mais  percussão e sequencer num próximo trabalho caia bem. Convenhamos: Uma banda com um nome como o nosso, pode-se (tecnicamente) fazer qualquer coisa.
  Rái Mein
Ouça o EP na íntegra :


Será que estamos na Não-Wave?

Tocam neste album: (ficha técnica de cada track, no Soundcloud)
Gio Vecchi - bateria
Renan Pereira - baixo
Inacio A.M.B. - guitarra, backing
Clanderson - baixo(*a forest)
Ju Ju New Wave - sintetizador
Rái Mein - guitarra, vocal, teclado

Download via Tramavirtual 
3 sons  Soundcloud

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9.5.12

"The Sky is Grey" - A Tribute to Harry [2010]


Em 2010 saiu um Tributo aos santistas do HARRY and the Addicts lançado pelo selo virtual Phantasma13 e A Transgressão participou com a faixa "Spreaded", que foi gravada com a seguinte formação: Rái Mein(guitarra/prog/teclado/vocal) Clanderson(baixo) convidado especial: Marcos Stefani(beats/pads)

    [download]




















"The Sky is Grey" - A Tribute to Harry [2010]

1- The Downward Path feat. Bad Cock - "Liar"
2- Plastique Noir - "Genebra"
3- Vztroniq - "Blood´n´Shame"
4- Nobody Else - "The Beast Inside"
5- By G.O.N. - "Zombies"
6- Elegia - "Silent Telephone"
7- R3PVBLIKA - "Death"
8- A Industrya vs Hatech - "Zombies" (remix version)
9- Euphorbia vs Aire´n´Terre - "Songs of Metal and Flesh"
10-Synthetik Form - "You Have Gone Wrong"
11-Modem - "Lycantropia"
12-Klaustrophobik - "Morbid"
13-DelNaja - "Chemical Archives"
14-Transgressão (feat. Marcos Stefani) - "Spreaded" 

15-Gabrielleschi - "Sky Will be Grey" 

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"Numa mistura de noise rock, distorted voices, punk, industrial, pop melodies, digital delay, guitarras e sintetizadores, Harry tocou corações, mentes e almas em muitos trabalhos injetados na cena alternativa brasileira.
Pioneiros do electro-rock, o grupo foi formado em 1985, com o nome Harry & The Addicts, inicialmente. Oficialmente, lançaram 3 álbuns: "Caos EP" (1987), o icônico "Fairy Tales" (1988), e "Vessel's Town” (1990).
“The Sky Is Grey” é um tributo honesto para uma das mais visionárias bandas de todos os tempos, que criou verdadeiras obras-primas, e que certamente nem tiveram o devido reconhecimento na mídia.
Entre projetos de música eletrônica e bandas de rock, 18 artistas estão incluídos, a recriar 15 de alguns clássicos do Harry.
Disponibilizado em formato digital (MP3), “The Sky Is Grey” foi organizado pelo selo phantasma13.com como forma de apresentar a banda para as novas gerações e registrar nossa total devoção e respeito pelo trabalho do Harry." [Phantasma13
]

10.4.12

Suíte Number Five - "Nothing in the Sky"[2002]

O que dizer dessa pérola campineira maravilhosa do começo de 2000... Produzido no Estúdio Piranha,  "Nothing in the Sky" é simplesmente um dos discos mais sensacionais e cheios de motivos que eu já ouvi, entendi e re-compreendi.
Influenciados por Primal Scream, Jesus and the Mary Chain, "guitar-bands" e (claro) pela excelente cena garage-punk/alternativa local dos "pós-90's", eles deram as caras tocando em festas e bares de Campinas em meados de 2001. Em 2002 lançaram "Nothing in the Sky"(primeiro e único registro da banda).
Tão logo o album saiu, já foram convidados para abrirem a tour inteira do Wry(2002), tocaram no Curitiba Pop Festival ao lado de bandas como Breeders e bla bla blá. mas... acabaram  em 2006.

O elemento de improbabilidade nessa banda era(é?) altíssimo! Veja bem: um ex-sargento do exército, um biólogo, um professor de história, um professor de literatura e um baterista de hardcore. Tudo isso mergulhado na cena alternativa 90's de Campinas, a maior de todas (naquela época).

Indispensável pra quem curte shoegaze(?), indie-rock(de verdade), rock alternativo guitarrento e com muito à dizer.

Saudades desse tempo!
DOWNLOAD AQUI 

myspace da banda

16.1.12

ARTE E MÚSICA - SÁB 28 DE JANEIRO [15hs] na RASGADA COLETIVA

Arte e música na tarde do dia 28 de janeiro na sede da Rasgada Coletiva

Programação:

À partir das 15hs:
Dj's México e Torra Beiço mandam o fino do Garagerock e algum DUB para que
- Flávia Aguilera e Menian Quadros desempenhem sua arte nas paredes da mansão com trilha sonora adequada.
- Inscrições para o Palco Autoral Livre no local das 15hs às 18hs. (2 músicas por inscrito)
A partir das 18hs PALCO AUTORAL LIVRE com os inscritos tocando seus sons até as 20hs.


ENTRADA FRANCA
RASGADA COLETIVA (coletivo cultural - rua Carlos José Nardi, 117 - Sorocaba SP)
E DEPOIS, 22HS A FESTA SEGUE PARA O SOUND BAR COM AS BANDAS:
OS PONTAS - FOOTSTEP - ECOS D'ALMA - TRANSGRESSÃO

SÁBADO 28 DE JANEIRO NO SOUND BAR EM SOROCABA

Os jovens contra essa palhaçada toda PRODUÇÕES apresentam:
28 de janeiro às 22hs no Sound:
 
Garagerock, Pós-Punk e Surf Music na mesma noite e com algumas coisas em comum, saca:
FOOTSTEP
(02:00) Footstep é uma banda de Campinas que toca exclusivamente Surf Music. Os integrantes se conheceram em 2007 e inicialmente curtiam estilos diferentes como Metal, Rockabilly e Punk, mas o que se vê ao vivo nos dias de hoje são crias dos The Ventures, Dick Dale e Mummies desempenhando com tranqüilidade seus acordes cheios de reverb e aquele velho swing 50’s. Lançaram até agora dois álbuns, o último com dez músicas, em 2009. Os integrantes são Gabriel (guitarra), Amanda (baixo), Tiago Barba (bateria). Site da banda: www.footstep.reverb-brasil.org
OS PONTAS
(01:00hs) Os Pontas são uma banda que flerta com o Soul, mas tem alma Garagerock. Apareceram em meados de 2009 e lançaram seu primeiro álbum neste ano com influências do Rock Garageiro e do Soul sessentista. No ano seguinte, gravam três músicas inéditas com outra proposta de som, ainda tentando criar o que viria a ser a identidade sonora da banda de agora. No terceiro EP, lançam a música de trabalho e título do álbum “Madrugada Sem Fim"; e mais três músicas como uma sendo a releitura de uma canção da primeira demo como “Garagem”, “Avenida Carlos Gonzalez” e “Disparos na Madrugada”, foram as outras músicas inéditas do álbum. Agora com uma proposta mais definida e sujeita a transmutação, Os Pontas navegam pelas ondas de um Soul Funkeado com a essência do Garagerock. O álbum novo nasce reunindo as músicas que mais expressam o universo de interesse da banda, em meio a toda essa efervescência sonora resgatando o lado mais simples do rock: a música instrumental. A banda é formada por: Alexandre Henrique (orgão), João Afrânio (guitarra), Bruno Marte (Baixo) e Fábio Augusto (Bateria). Para conhecer as canções da banda:  www.myspace.com/ospontas
A TRANSGRESSÃO
(00:20hs) A Transgressão é uma banda com membros de Campinas e Sorocaba, um projeto antigo de Rái Mein que retomou em 2008, ainda com beats programados e evoluiu numa banda de quatro integrantes. Basicamente mistura Garagerock com Pós-punk, Psicodelia e efeitos. Lançaram em 2010 uma coletânea de demos disponibilizadas na web entre 2008 e 2010, chamada "Expo Dirty v2". Em 2011, o formato de banda se torna possível graças a entrada de um baterista(Gio Vecchi) e recentemente e uma tecladista (Ju Ju New Wave). A sonoridade dá uma guinada para o Garagerock, deixando a Darkwave do album "Expo dirty v2" nas entrelinhas. Em 2012, a formação é:  Rái Mein (guitarra/vocal) Gio Vecchi (bateria) Ju-Ju New Wave (sintetizador) Renan Pereira (baixo) e a ordem é tocar. Algumas músicas podem ser ouvidas aqui http://soundcloud.com/transgressao
 
ECOS D'ALMA 
(11:30hs) Ecos D'Alma é um duo difícil de descrever nos dias de hoje para a nova geração, pois é raro tal formato, remetendo às sonoridades sombrias do começo dos anos 80 com forte influência Gothic-Rock, num formato de Synth Pop. Mas as músicas falam por si: não há nada “Pop” ali. Ano passado participaram do Festival WoodGothic, em São Thomé das Letras/MG, que é referência nacional para bandas e fãs desse estilo. As influências diretas vão de Joy Division, Bauhaus, Suicide, Sisters of Mercy; aos nacionais Vzyadoq Moe, 5 generais e Kafka. Rótulos e denominações à parte, o duo não deixa de lembrar que suas influências também se estendem por todos os bons gêneros do rock. Luiz Terra (teclas/teclado), Fred Alvarenga (vocais). As músicas podem ser conferidas aqui: www.myspace.com/ecosdalma

Os Djs Torra Beiço e México irão discotecar Rock 'n' Roll e Garagerock, passando pelos 80's e 90's.

A entrada, que custa R$ 7,00, será totalmente revertida as bandas, artistas  e DJs que participam do evento colaborativo com a  Rasgada Coletiva, na tarde do mesmo dia, à partir das 15hs (veja info completa aqui). 

O Sound Bar está localizado na av. General Osório, 509 – Trujilo.

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Informações: raimein@gmail.com
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