5.12.07

a capa e uma página da revista:




Matanza Comix

Comprei ontem o meu Matanza Comix, primeira edição, com desenhos do Arnaldo Branco, Daniel "Etê" (Muzzarelas), Flock, Edhmüller, Caio Vitoriano, Juca, Sieber, Lyra, Caetano e China fazendo alguns textos dos quadrinhos.

Meu, fantásticos os desenhos, e com direito à advertência embaixo do nome da revista: "Quadrinhos para beber, brigar e insultar pessoas" com muito sangue, diabos e mulheres. Allan Sieber embarca numa trama anos 80's que jorra veneno pra tudo quanto é lado(haha). Daniel Etê que tb é baixista dos Muzzarelas, surge no meio da revista com um exército de defuntos mexicanos, caveiras, miolos estourados e detalhes sórdidos. Ótima estréia do cara.

Tu pode achar um pouco exagerada a aparição da banda em vários quadrinhos e desenhos enormes, mas a revista não chama Matanza? Não foi inteiramente elaborada pelo Matanza? Um dos desenhistas não é do Matanza? Então... o que tu tava esperando?

- Vale a pena os $6 mangos.

4.12.07

Nunca usei o Control C + Control V tão gostosamente como agora:

"você pode não acreditar nisto mas há as pessoas que passam pela vida com muito pouca fricção de angústia. eles se vestem bem, dormem bem. eles estão contentes com a família deles. com a vida.eles são imperturbáveis e freqüentemente se sentem muito bem. e quando eles morrem é uma morte fácil, normalmente durante o sono. você pode não acreditar nisto mas tais pessoas existem.mas eu não sou nenhum deles.oh não, eu não sou nenhum deles, eu não estou nem mesmo próximo para ser um deles.mas eles estão lá ...e eu estou aqui."
- Charles Bukowski

1.12.07

OS CONTOS DO MARQUÊS INÁCIO (PARTE 1)

Dez horas. Era um dia quente de inverno e uma pequena multidão se aglomerava em frente à porta giratória. O guardinha barrigudo perguntou sorrindo ao gerente: Pode liberar a entrada? Sim, pode. Aos poucos as pessoas foram entrando: uma velhinha que tremia bastante, um rapaz impaciente cuja perna direita chutava repetitivamente o chão, uma mulher gorda cheia de sacolas com seus três filhos. Quando um homem todo vestido de preto foi passar a porta travou e o guardinha barrigudo pediu a ele que voltasse até uma linha vermelha desenhada no chão e abrisse a pasta que carregava para verificar se havia algum objeto de metal – o homem de preto ofendeu-se e uma pequena discussão se iniciou, irritando as pessoas que aguardavam para entrar na agência bancária. Logo tudo se resolveu e todos entraram, seguiram a linha tracejada no chão e a fila para o caixa cresceu até quase atingir novamente a porta giratória - desta vez do lado de dentro. Pouco mais que quinze minutos se passaram e iniciaram-se novas conversas naquela espera que se tornava mais e mais angustiante. Um senhor baixinho falou em voz alta sobre a indignação que a espera lhe causava, afinal ele pagava seus impostos em dia – a culpa era do governo! - “Uma vergonha, só tem um caixa atendendo” disse uma mulher um pouco atrás. Os três filhos da mulher gorda corriam desembestados para todos os lados até que o menor, empurrado por um de seus irmãos, bateu a cabeça numa coluna e começou a berrar um choro estridente. Um funcionário que trabalhava numa mesa próxima não pode deixar de pensar num posto de saúde e numa enfermeira com uma injeção na mão ao ouvir a pobre criança.
Num dado momento começou um pequena discussão na fila. Um homem começou a polêmica ao tentar defender sua fé – era evangélico – de uma senhora que estava a sua frente – ela era católica. Cada um defendeu o seu ponto de vista (e sua igreja) com unhas e dentes, atacando os argumentos do outro. Como não chegaram a um acordo resolveram perguntar a um rapaz que estava atrás o que ele achava.
-Eu? Eu não acredito em Deus.
Por um instante fez-se silêncio. Todos da fila olharam fixamente para o rapaz, houve um burburinho que começou baixinho e foi aumentando aos poucos até se tornar um falatório tal que ninguém entendia mais nada. Um dos filhos da mulher gorda cheia de sacolas soltou um grito de guerra e passou a perseguir algo invisível até que se cansou e foi se sentar reclamando que queria ir embora. O assunto se esgotou, tudo voltou ao normal, a fila andou naquele ritmo cheio de caprichos que lhe é natural e meia hora depois o cético rapaz chegou ao guichê:
- Infelizmente não podemos receber essa conta aqui senhor, somente para correntistas, procure um canal alternativo. Tenha um bom dia.

SHEMONKEY is back!!!

Mais que qualquer outra coisa que já fiz nessa vida que deu motivo pra rir ou deixar o DJ do PUB querendo me matar, foi sentar e escrever os momentos das noitadas, shows e palhaçadas da nossa vidinha gostosa do interior.

Acreditem, nem sempre é sério o que é publicado por aqui, mas a opinião fica bem clara.
Então, se você é católica, zela pelos bons costumes e se considera um cidadão de bem, uma pessoa "muito gente", CAI FORA, ANTES QUE SE ESTREPE!!!!!

Quer ler, leia. Não venha me cobrar explicações de posts, pois não há explicação pra mesclagem de textos próprios, mesclados com situações do dia-a-dia.

assinado: SHEMONKEY