28.9.09

Alzira Sucuri


Nunca tinha achado uma foto da Alzira, e eis que um dia aqui em Campinas num sebo, achei um exemplar de músicas compostas por um grupo de de mpb  patrocinado pela prefeitura da cidade no começo de 80 uma foto da Alzira em pessoa. Comprei o disco na hora, pela foto. 

Alzira Sucuri ou Alzira Louca, como era conhecida, foi uma grande figura sorocabana dos anos 80, talvez de 60 e 70 também rs... sua presença nos locais era motivo de frisson, porque ela tinha um estilo todo dela de ser rs... no final de 80 lembro de ve-la passando e minha mãe comentar assim: "Nossa, olha só a Alzira de relógio Seiko no braço! Tá metida!" E ela virou e falou "Gente fina é outra coisa, né meu bem, dá licença!" - com todo seu charme.

"Pessoa simples e inocente. Deu a luz a uma criança, mas essa veio a falecer. Com a dor da perda, ficou com problemas mentais e caminhou muitos anos carregando uma boneca. Deixando de fazer isso quando perdeu o brinquedo. Faz parte da história de Sorocaba" - segundo o Jornal Cidade Notícias 

Era sensacional o encontro com ela na rua. O acontecimento do dia.

Na Enciclopédia Sorocabana, achei uma descrição bem resumida, pra quem não conheceu essa lenda urbana sorocabana, vai aí:

Alzira Sucuri – Famosa figura popular sorocabana. Seu nome verdadeiro era Alzira Corrêa.

Conhecida como Alzira Sucuri ou Alzira Louca, freqüentava a Praça Coronel Fernando Prestes, reduto dos tipos populares, no centro. Falava que era uma noiva abandonada no altar. Os seus “noivos” eram pessoas da sociedade, segundo as suas histórias. Xingava os moleques que a chamavam de Sucuri (fui um desses moleques). Quando via um casal de namorados exclamava: “Casar que é bom ninguém quer”. Foi, por muitos anos, interna do Hospital Psiquiátrico Jardim das Acácias. Deixou-nos no dia 17 de Agosto de 2000. 
(Bibliografia: Cavalheiro, Carlos Carvalho – Folclore em Sorocaba – Sorocaba – 1999)



Saudades da Alzira... faz parte da história de Sorocaba.

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3 comentários:

  1. Hoje moro na cidade de Salto Grande-SP, ao lado de Ourinhos, mas nasci e vivi em Sorocaba até os 17 anos, na Vila Carvalho. Como é doce lembrar de coisas de minha cidade natal... É uma viagem... Muito tempo depois, no alto de meus 4.3, garimpando coisas na net, descubro essa comunidade e fico emocionado ao ver a foto de Alzira. Também fui um daqueles moleques infames que zoavam com a coitadinha só porque era "diferente". Isso fiz por pouco tempo. Por volta dos 14 anos a consciência já começava a pesar, pois vi que deixar uma pessoa idosa nervosa, só para se sentir feliz não poderia ser uma coisa legal - não estava com nada!!! Não demorou muito, a ficha acabou caindo. O que mais me impressionava não era seu jeito irreverente de ser, tampouco sua "loucura", talvez justificada por tantos traumas e desilusões que sofreu, era a incrível capacidade, quase paranormal, de se deslocar por toda cidade tão rapidamente que, num piscar de olhos, parecia se "teletransportar" da Vila Santana para a Árvore Grande e ainda estar com o tanque cheio. Era um Fusquinha com motor de Ferrari. Certa vez, subindo a Comendador Oeter, ao lado do Cemitério, exibia uma Fantasia de carnaval que lhe fizeram com espuma, cheia de rosas e adereços coloridos, também feitos com espuma. Não tinha como não rir, pois subia cantando e rodando a baiana. O carnaval já havia acabado, mas ela, de tão entusiasmada ainda ficou por meses curtindo sua apoteose. Que cena, gente... que cena...
    Valeu reviver. Como valeu...

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  2. Grande figura Alzira chinguei muito corri muito tempo de criança

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  3. Grande figura Sorocaba ti amo grande Alzira

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xiitas comentaram